18 de jun. de 2008

A Idéia do Tempo

Se tudo passa, por que a hora não passa também?
Qual o sentido da pergunta se não há resposta?
Já é hora da hora passar.
É tempo de não ter tempo.
O instante é sempre breve e o breve em breve some.
Mas breve também é o próximo, até ser obsoleto.
É hora do breve. As eras são décadas. As décadas são idéias. As idéias são breves, ainda que sinceras.
Qual o sentido da resposta se não há quem ouça?
Já é breve o tempo de passar.
Passado sem resposta. Futuro relativo. Presente breve. Um instante.
Inconstante como idéias breves.
Já é tempo de mudanças. Desde que seja breve. Ainda que seja breve. Breve como a vida.
Lenta mesmo é a morte. Essa arrebata com a brevidade peculiar.
Já é tempo da hora certa.
Já é breve a hora incerta, hora que ninguém sabe, mas todo mundo vigia. Porque hora boa é hora breve, ainda que prazerosa. Aliás, é tudo coisa da cabeça! Claro!
E como tal, brevemente irá mudar.
Então que se mude a hora que custa a passar. Passa mas não passa. Por que é breve ou por que é idéia.
Já é hora de passar. De lá pra cá. De cá pra outra banda. E que seja a tempo. Breve irá mudar.
Já é tempo de mudar a idéia.
Essa sim! Silhueta de mulher, que breve envelhece e tão a tempo se muda sem dar resposta.
E a resposta? Que importa? Quem se importa?
Quando há de se responder já era a pergunta. Coisa velha. Pois o tempo passa. O que não passa é a dita hora em que não será breve o tempo de passar.



"O tempo em si é um absurdo: só existe tempo para um ser que sente. E o mesmo acontece em relação ao espaço. "
Nietzsche

PS: soletre o nome do autor da frase sem lê-lo novamente.